Imortalidade cobiçada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


Era uma vez,numa terra medieval onde os homens caçavam vampiros e as encruzilhadas eram evitadas,uma bruxa foragida da humanidade procurava nos seus antigos livros meios para ser jovem novamente.
Beleza era essencial.
Juventude também.

Sabia muito,tinha um vasto conhecimento de três séculos;Buxas geralmente viviam dois séculos e meio e raramente chegavam ao terceiro.Sua sede de imortal
idade não saciava.
Decidia em sua busca saiu da sua simples casa de palha.
Uma casa aterrorizante,maléfica e muito velha.
Morava na floresta,em sua volta havia sim muita vegetação.Qualquer coisa que precisasse a natureza lhe fornecia.
Era lua cheia e já sabia do que precisava para se tornar imortal.
Sangue de lobisomem.
Logo pegou sua carroagem e seus cavalos fiéis e pôs-se a viajar até cidadezinhas da frança,onde os lobisomens se manisfestavam em todas as luas cheias,afugentando toda a população.
Ao chegar no vilarejo mais remoto,provavelmente pertencente já a França e não mais à Belgica,pode-se ouvir gritos aterrorizados de camponesas que se colocavam a correr para o mais longe que pudessem.
Via-se homens com armas precárias,nem ao menos feitos de prata,atacando uma figura gigantesca,peluda e raivosa que os jogavam pelos ares.
A bruxa,com toda sua velhice,passava despercebida graças ao grande desespero dos camponeses da vila. Posicionou calmamente as velas num local um tanto afastado e segurou firme seu punhal de prata.
A velha bruxa recitou alguns murmúrios mágicos,assim ventos fortes começaram a soprar.
Ela colocou todo o ar que conseguia nos pulmões e quando gritou sua voz pareceu um uivo canino.
Derrepente pulou na cara dela o que ela precisava.
O lobisomem.

Estava tudo planejado,raízes sairam da terra e prenderam-lhe as patas enquanto as núvens trazidas pelo vento forte tamparam a lua cheia.O lobo agora era um fraco jovem de aproximadamente 20 anos.
Mais raizes prendiam,fortemente,agora os braços do menino.Ele gritava,não tinha quem o ouvisse já tinha espantado a todos.
A bruxa posicionou de forma bem estratégica e inteligente seu punhal no corpo do homem que berrava.
A prata estava perto do cor
ação do homem para queima-lo até a morte quando a lua reaparecesse.
As núvens foram embora nos outros murmúrios recitados pela bruxa centenária.

O homem agoniava gritos e ululava dores.
Ele estava se transformando e a prata ia queimando seu peito.
Quando a licantropia do homem estava completa a velha empurrou o punhal no coração do lobo que caiu no chão ululando ainda mais dor que ululara quando homem.
Mais raizes prendiam agora o seu pescoço.

Num ato vampírico ela furou com outro punhal,agora de ferro,o pescoço do lobisomem e começou a tomar seu sangue.
A medida que tomava do sangue licantrópico se tornava mais jovem,mais bela e mais sociável.
Ao terminar o homem não possuia mais a forma de lobo e a jovem bruxa foi embora em sua carroagem.
Se olhava no espelho.Realmente estava bela.
Tinha uma nova ambição.
Queria uma filha;mas essa seria imortal desde o início de sua vida e para isso o sangue de lobisomem não adiantava de nada.
Necessitava do sangue de algum ser realmente imortal.Como um vampíro.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Uma noite corrida.

terça-feira, 28 de outubro de 2008



"Estava tudo acabado.
O céu estava vermelho e trovejante,o dia estava quente,apesar de já serem 23:00 horas.Na sacada de minha casa eu enxergava a vasta cidade e o grande e forte demônio vermelho no horizonte,que até se confundia com o céu também vermelho,caminhando decidido em minha direção.

Nessa hora tudo o que eu precisava era de um cigarro ou um charuto cubano e um copo bem gelado de algum chopp bem cremoso.
Mas certas coisas não se tem nas horas que se precisa.
O preciso agora era encarar o destino.

Eu tinha um destino,acabar com tudo isso.Se não acabasse eu estaria literalmente ferrado,pois todos aqueles demoniozinhos rebeldes me odiavam e iriam me torturar se me tivessem em suas mãos.
Se o mundo depende do meu sucesso?
O mundo que vocês conhecem sim.
Mas nessas horas que se foda o mundo.

Agora o gigante e forte demônio estava tão perto que eu podia senti-lo bufar o bafo horrível de enxofre que ele tinha.Me apertou com sua palma imensa e deu um salto.
Eu sentia o vento quente,abafado e nem um pouco refrescante bater na minha cara.O demônio não me machucava,afinal era apenas o transporte que o Lorde mandara.Ele chegara na hora exata para me levar à ele.23:32 horas.

Quando chegamos me imprecionei;uma festa.
Um puta apocalipce do lado de fora e estava acontecendo a única festa,comemorada por demônios importantes, e eu estava lá;agora sim estava fudido.
Um grande circulo se abriu;todas as bruxas,os vampiros,os lobisomens e o resto se curvou perante o Lord.Estávamos agora frente à frente e face à face.

Fiz-lhe um último pedido antes do grande duelo.
Já que tinha sido convidado para a festa pedi-lhe um cigarro,um charuto cubano e um chopp bem gelado e cremoso.Recebi o cigarro,o charuto e uma taça do melhor e mais raro vinha que eu já tinha tomado até então.
Apesar de não ser chopp estava de bom tamanho.

A batalha começou quando a taça e a bituca do cigarro caíram no chão.
Raios,fogos e gritos estramamente agoniantes me atingiram e eu só pude revidar com um tiro.A batalha pareceu durar séculos,mas tudo acabara com aquele tiro.
Em questão de segundos enfiei sua espada e minha lança em seus corações.

Badalou a meia-noite e com a derrota do Lorde todos os demônios da festa voltaram para onde tinham de ser mandados.
Saí pela rua no início da madrugada,o céu estava muito estrelado e com uma lua minguante;estava frio.
Apesar de ainda terem sobrado muitas bruxas,vampiros e lobisomens pelo mundo,estava tudo muito bem.Acendi meu charuto cubano.
Estava tudo acabado."


Nícholas Mendes (Puck Todd)

Morte inesperada.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


"Era uma vez, numa era medieval onde os homens temiam as luas cheias e as bruxas ainda eram queimadas, um vampiro que pairava furioso sobre seus terrenos inférteis,gélidos e sem calor estava com fome.
E não.Na redondeza não haviam mulheres e nem homemens; nem mesmo uma vaca ou um coelho para disfarçar a necessidade de sangue
.
Ele gritava,ninguém podia ouvi-lo,pois seus terrenos eram gigantescos.
Não ia a cidade.
Tinha medo,pois sua raiva e sua necessidade de morder poderiam denunciá-lo e ele poderia acabar com uma estaca no peito,como seu pai,sua mãe e todos seus amigos.Não tinha nem mesmo um irmão que pudesse sacrificar,nem vinho raro poderia saciá-lo.

Voltando aos aposentos do castelo ele se decidio iria até o centro urbano.
Abriu a janela,de onde se via toda a pouco iluminada cidade e pôs-se a voar em sua direção.Tão fraco,tão raivozo e tão tonto ele acabou caindo na estrada,onde uma linda mulher foi em sua direção.

Dotado de olhos especiais ele enxergava muito bem nos escuros,por mais intensos que eles pudessem ser.Percebeu que a bela donzela falava uma lingua desconhecida por ele,mas não ligou,pois em qualquer lugar do mundo o sangue era o mesmo e tinha sempre o mesmo sabor delirante e demoníaco.

Levantando-se encarou-a com os olhos famintos,ela parecia indefeza,enfeitiçada,atraida.
Ele nunca fora tão romantico com uma mortal;para conquista-la citou versos dos mais nobres poetas do país,que eram da mesma raça que ele;cheirou os cabelos,lambeu-a o rosto e enfim chegou ao destino;o pescoço...
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Um berro atordoante,escandaloso e triste se ouviu pela cidade pouco iluminada,pelos domínios do castelo e pela vaga estrada onde os dois se encontravam.O vampiro tentava se afastar,mas não conseguia,estava sendo controlado,estava hipnotizado,estava vidrado na bela donzela.
A fome sumira e a única coisa que sentia era medo.Medo de perder a vida eterna para uma bruxa sedenta de sangue imortal.
Enfim descobrira o porquê de encontrar sua antiga amada morta com o pescoço furado e o corpo seco.
"

Nícholas Mendes (Puck Todd)